segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Tratamento da roupa do seu bebé

Depois de ter gasto tempo e dinheiro no guarda-roupa do seu bebé, é natural que se preocupe com o seu tratamento. Se o fizer de forma adequada, e porque as roupas do recém-nascido rapidamente deixam de servir, é possível que venham a ser usadas pelos irmãos mais novos, familiares ou amigos.

Nos cuidados à roupa do bebé o principal objetivo é evitar recções alérgicas e irritações da pele. Não se esqueça que a roupa nova deve ser sempre lavada e as etiquetas retiradas.
As principais dicas de tratamento da roupa do seu bebé são:
- As roupas devem ser separadas consoante os grupos de cores;
- As roupas de cama, fraldas de pano e babetes necessitam de ser lavadas a alta temperatura (60/90oC de acordo com a sujidade) a fim de eliminar as bactérias causadas pelas nódoas de leite e ácaros, que podem ser prejudiciais para bebés recém-nascidos;
- Encha apenas dois terços da máquina de lavar a fim de garantir que a roupa é bem enxaguada;
- As nódoas devem ser alvo de pré-tratamento: coloque a roupa de molho durante a noite em água fria e com o detergente que usa para o tratamento da roupa do seu bebé, enxague antes de lavar na máquina. Não utilize lixivias, amaciadores e tira-nódoas, a sua toxicidade é prejudicial para o bebé;
- Está desaconselhada a lavagem à mão das roupas do seu bebé porque não garante a eliminação de todos os microrganismos e de resíduos das substâncias químicas do detergente. Atualmente as máquinas de lavar roupa já permitem a lavagem dos tecidos mais delicados em segurança;
- A secagem da roupa do bebé na máquina de secar não está contraindicada;
- Não há cuidados específicos para a passagem a ferro da roupa do bebé.
★★




segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A roupa do bebé

Ao passar pelas montras há inúmeros tipos de roupa para o seu filho, "Body, babygrow, vestidos, coeiros... tanta roupa, tão bonita, colorida, mas qual a mais indicada?”. Antes de comprar tenha sempre em atenção que o seu bebé vai crescer rapidamente e por isso não é necessário que tenha muitas peças para a mesma faixa etária, é preferível que as vá comprando tendo em conta as suas necessidades.

Ao escolher a roupa lembre-se que deve ser prática pois ao longo do dia vai trocá-la inúmeras vezes. Opte por aberturas simples como molas ou velcro, preferencialmente da parte da frente e na região da fralda o que evita que a cada muda de fralda tenha de despir completamente o bebé. Lembre-se que mais importante que a beleza da roupa, a sua principal função é proteger o seu bebé.  

Pretende-se assim que o bebé esteja o mais confortável possível, com roupas adequadas ao seu tamanho, flexíveis e que não limitem a sua amplitude de movimentos. Prefira as fibras naturais como o algodão, linho ou lã às fibras sintéticas uma vez que estas provocam mais alergias e não são absorventes nem transpiráveis. Não se esqueça que a retenção de calor e humidade favorecem o sobreaquecimento, que como vimos na publicação anterior pode tornar-se perigoso para o bebé.

Evite roupas com aplicações ou botões pois podem soltar-se e caso existam verifique sempre se estão bem presos. As fitas perto da zona do pescoço podem também ser prejudiciais.

Habitualmente temos tanto receio que o  bebé passe frio que colocamos inúmeras camadas de roupa e mantas, no entanto, há que ter em conta que o bebé “não tem mais nem menos calor que os adultos”1. A grande diferença é que o recém-nascido não tem a mesma capacidade para manter a sua temperatura corporal constante independentemente da temperatura exterior.

A roupa a vestir no Verão e no Inverno é diferente mas mais que do que ter em conta a estação do ano é importante considerar as temperaturas a que o bebe está exposto, isto porque em casa as condições não são assim tão diferentes de estação para estação. Quando expomos o recém-nascido a temperaturas elevadas mas no interior de casa, podemos vestir uma camisola de linho ou um calção e body sem mangas de forma a que não haja excesso de transpiração, no entanto quando estiver na rua evite a exposição solar vestindo-lhe um conjunto de algodão e protegendo sempre a cabeça com chapéu. Quando as temperaturas são baixas aconselha-se  que vista várias peças de roupa fina em vez de uma ou duas grossas pois assim consoante a condição climatérica a que o bebé está exposto consegue adequar tirando ou colocando mais uma peça. Lembre-se de vestir sempre roupa interior – body e calça ou collant, e também de quando sair colocar sempre um casaco, gorro e levar uma manta para  o caso de ser necessário.

Inerente a esta preocupação com a quantidade e qualidade da roupa a vestir existe a dúvida de como avaliar a temperatura do bebé. “Ele tem as mãozinhas tão frias, deve estar com frio!”. O local mais indicado para avaliar a temperatura do bebé é a região do tronco e do pescoço, não confie na temperatura das mãos ou pés para saber se ele está com calor ou frio. Um dos motivos pelos quais o seu bebé pode chorar está relacionado com o desconforto caso esteja muito quente ou muito frio. Por isso mantenha-o confortável acima de tudo.

★★





1 Cordeiro, Mário; O grande livro do bebé - o primeiro ano de vida, A Esfera dos Livros, 9.ª edição, 2013

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Como colocar o bebé a dormir?

Há muito que a posição em que o bebé é colocado para dormir é alvo de estudo e investigação. Atualmente “não há discussão…deve-se deitar os bebés de barriga para cima”1.

Após inúmeros estudos conclui-se que a posição e o ambiente em que o bebé dorme influenciam a ocorrência do Síndrome de Morte Súbita do Lactente (SMSL) e de episódios de asfixia. Mas que síndrome é este? Costuma acontecer muito? O que posso fazer para prevenir estes acontecimentos?

O SMSL é a morte súbita/inesperada e sem explicação de um bebé com menos de um ano de vida2. Em Portugal o número de casos é baixo, 1 a 2 por cada 10 000 nascimentos. Apesar de ser uma realidade assustadora é rara, no entanto temos de nos concentrar no que é possível fazer para a prevenir.

Sabe-se hoje, ainda sem compreender o motivo, que um bebé que é colocado de lado tem o dobro do risco de ser vítima do SMSL em relação a um bebé deitado de costas e que o risco aumenta quatro vezes mais se estiver deitado de barriga para baixo.
É muito comum ouvirmos pais preocupados “Mas colocá-lo de barriga para cima? E se ele bolçar não é perigoso?”. A investigação confirma que não bolçam nem se engasgam mais com o vómito na posição de costas em relação a qualquer outra. Isto porque os bebés têm capacidades fantásticas de auto defesa e mesmo quando deitados de barriga para cima viram a cabeça de lado, o que faz com que protejam as suas vias respiratórias quando bolçam ou vomitam3.

Para além do posicionamento é importante termos em conta um conjunto de outros cuidados que vão prevenir o risco de asfixia durante o sono do bebé.
Aconselha-se que até aos dois anos o bebé durma numa cama de grades ou berço, sobre um colchão firme, de tamanho adequado e sem almofada. Deve ser sempre posicionado no fundo do berço, evitando que escorregue e que fique debaixo da roupa sem nos apercebermos. 

Apesar de pouco difundida a nível nacional, a elevação do berço a cerca de 30o é uma medida que favorece a respiração e digestão do bebé. Existem alguns berços que têm esta funcionalidade mas se este não for o seu caso esta elevação pode ser feita com uma cunha debaixo do colchão (que garanta que o mesmo fique igualmente elevado) ou com umas listas telefónicas (por exemplo) nos pés de trás do berço, sempre com a garantia de que o berço tem a estabilidade necessária para o bebé dormir em segurança.  

Salvaguardamos que deve permanecer no quarto dos pais até pelo menos aos 6 meses, dormindo no berço.
Deve evitar também o sobreaquecimento do bebé, ou seja, o aquecimento demasiado. O bebé deve estar confortável mas não excessivamente quente como tal preconiza-se que a cama seja feita com lençóis (de algodão ou flanela consoante a época do ano) e cobertores, evitando a utilização de edredões. Não utilize também gorros, fraldas, babetes ou qualquer outo objeto que possa asfixiar o bebé.

O bebé deve ser tapado apenas até debaixo dos ombros.
Todas estas dicas são fundamentais para minimizarmos ao máximo o risco de um acontecimento indesejável e evitável na maior parte dos casos.

★★




1 Cordeiro, Mário; O grande livro do bebé - o primeiro ano de vida, A Esfera dos Livros, 9.ª edição, 2013;
2 Recomendações da Sociedade Portuguesa de Pediatria, consultadas em http://www.spp.pt/conteudos/default.asp?ID=33 a 7/12/2013;
3 Pinheiro, Luís; Manual para pais, Ebbo edições, 2010.
 

 

 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

O temido coto umbilical

O cordão umbilical permite, através de vasos sanguíneos pelos quais é constituído, que o bebé receba alimento e oxigénio quando ainda está no útero materno. No momento do nascimento o cordão é cortado e clampado com uma espécie de mola que evita que haja sangramento no local. Inicialmente tem um aspeto amarelado e gelatinoso mas à medida que os dias passam vai ficando com uma coloração preta e cada vez mais seco. Por já não haver circulação sanguínea as células acabam por morrer e por esse motivo trata-se de um tecido sem sensibilidade. A sua manipulação não trás incómodo ao recém-nascido, ele pode chorar durante a limpeza do coto umbilical por ter frio e não porque lhe dói.



O coto umbilical é motivo de muita ansiedade para os pais quer pelo aspeto, quer pelas dúvidas que surgem na sua limpeza. “Será que devo estar sempre a limpar?”, “Será que lhe dói?”.
A preocupação dos pais não deverá estar relacionada com o aspeto ou com a sensibilidade do bebé mas sim com a limpeza do local. É muito importante que esteja sempre limpo e seco para que se previnam infeções.

 A sua limpeza deverá ser realizada durante o banho tal como lava todas as outras partes do corpo. Para além do momento do banho,  cada vez que muda a fralda deve observá-lo e limpar caso esteja sujo. A queda do cordão acontece entre o 7.º e o 10.º dia de vida do bebé, no entanto, na zona do umbigo ainda se mantém um tecido preto, que até estar completamente cicatrizado e ter um aspeto de “umbigo normal”, deve ser limpo e seco com o mesmo cuidado.

Apesar de ainda se falar da desinfeção do coto umbilical com álcool a 70ºC sabe-se actualmente que o álcool atrasa a queda do coto e a limpeza é tão eficaz como a desinfeção. Para mantermos o coto limpo é importante deixá-lo acima da fralda para que esteja livre da urina e das fezes, ficando exposto em contacto com a roupa.
 
Abaixo fornecemos um conjunto de dicas para a limpeza do coto umbilical passo a passo:
1.º Passo: Lave bem as suas mãos;

2.º Passo: Reúna compressas limpas (não são necessárias esterilizadas) e soro fisiológico ou água limpa da torneira;

3.º Passo: Coloque a água/o soro no centro de 3/4 compressas;

4.º Passo: Dobre a compressa em quatro e com o bico formado que está húmido limpe a base do coto e a pele circundante com movimentos circulares;

5.º Passo: Desperdice a compressa e repita o procedimento até que fique sem secreções.
 
Caso o cordão umbilical demore mais tempo a cair do que o esperado, haja alteração do cheiro, a pele à volta fique vermelha ou inchada dobre a sua atenção e se estes sinais se mantiverem contacte o médico/pediatra pois pode tratar-se de uma infeção.
★★

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Limpeza dos olhos do bebé passo a passo

Esta semana vamos continuar a dedicar a publicação semanal ao tema da higiene do recém-nascido mas especificando algumas zonas que requerem mais atenção e cuidado.

Hoje falamos sobre a limpeza dos olhos e as suas especificidades. No vídeo do banho do bebé passo a passo falamos da limpeza dos olhos no momento do banho mas pode haver necessidade de limpá-los noutros momentos. A limpeza deve ser feita sempre que houver alguma sujidade e para isso são necessárias compressas esterilizadas e soro fisiológico. Abaixo fornecemos um conjunto de dicas para a limpeza dos olhos passo a passo:

1.º Passo: Coloque soro fisiológico no centro das compressas, sem as retirar do pacote;
2.º Passo: Junte as quatro pontas da compressa sem tocar no centro;

3.º Passo: Limpe as secreções da zona mais limpa para a mais suja, ou seja, da parte externa para a interna do olho;

4.º Passo: Desperdice a compressa e repita o procedimento no outro olho ou no mesmo se se justificar com uma nova compressa.

Quando aparece uma remela em maior quantidade, com cor amarela ou esverdeada e por tempo mais prolongado pode ser sinónimo de infeção (conjuntivite) e pode necessitar que se aplique alguma medicação oftalmológica, por este motivo deve contactar o seu médico/pediatra.
★★
                                                                                                                                                               Imagem: www.nestlebaby.com