terça-feira, 27 de maio de 2014

Rastreio auditivo neonatal

"Mas o que é o rastreio auditivo?"" Todos os bebés o fazem?"" Porque não passou no teste?"

O rastreio auditivo permite diagnosticar precocemente perdas auditivas e intervir a fim de reduzir ou eliminar as consequências dos défices diagnosticados. Um bebé que não ouve bem tem dificuldades na aquisição da fala e o seu desenvolvimento cognitivo e emocional é comprometido. Sem a realização deste teste é difícil suspeitar que há problemas auditivos, apenas aos 2 anos aquando da aquisição da fala é que se torna mais evidente ou através de comportamentos estranhos como quando a criança se isola.

Atualmente e idealmente o rastreio é realizado nas maternidades onde o recém nascido nasce, antes da alta, mas pode ser feito até ao primeiro mês de vida.

Através de um aparelho próprio o enfermeiro ou técnico com formação na área introduz a ponta do aparelho encostando-o o ao canal auditivo, por isso é um exame que não causa dor ao seu filho. O resultado é imediato sendo o bebé "aprovado", concluindo aqui o rastreio ou "encaminhado". Com este último resultado não significa que haja perda auditiva mas sim que é necessário repetir o teste e só depois dessa repetição é encaminhado para outro tipo de testes que dão o diagnóstico final.
Por vezes há necessidade de repetir o teste uma vez que ele é muito sensível e quando o bebé está impaciente a chorar ou quando há muito ruído interfere com o resultado. O que também pode acontecer se o bebé tiver muita secreção no canal auditivo. Nestes casos quem está a realizar o teste dar-lhe-á todas as indicações necessárias.

Mesmo quando um bebé é "aprovado" no rastreio, caso pertença ao grupo de risco, ou seja, um bebé que tenha mais probabilidade de desenvolver patologia auditiva como recém-nascidos com familiares com deficiência auditiva, com baixo peso à nascença entre outros devem ser acompanhados e vigiados até à idade da aquisição de linguagem. Sempre com o intuito de detectar qualquer alteração o mais precocemente possível.
O resultado é registado no boletim do bebé para que seja consultado sempre que necessário.

Este rastreio assim como o do teste do pézinho são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento de um bebé feliz.

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terça-feira, 20 de maio de 2014

O teste do pezinho

Teste do pezinho? Porque será que toda a gente fala sobre ele? De que se trata? Que problema terá o pé do meu bebé?

Não se trata nenhum problema no pé mas sim de um exame que se realiza através de uma picada no calcanhar do bebé.

O teste do pezinho ou diagnóstico precoce, como também pode ser chamado, deve ser feito nas maternidades, hospitais ou centros de saúde entre o 3.º e o 6.º dia de vida. É gratuito, não é de realização obrigatória mas a sua realização traz grandes vantagens para o seu bebé.

Não fique preocupado! É um teste muito simples que exige apenas algumas gotas de sangue para preencher um boletim. Boletim este que será enviado para o Instituto de Genética Médica, onde é feito o rastreio de muitas doenças metabólicas que se não forem tratadas precocemente podem provocar graves problemas de saúde. Vão contactá-lo apenas se houver algum problema, no entanto, para se sentir mais tranquilo, cerca de quatro semanas depois da colheita de sangue, pode consultar os resultados no site www.diagnosticoprecoce.org, apenas necessita do código que lhe entregaram nesse dia. Nesse mesmo site pode consultar também a lista de todas as doenças rastreadas (http://www.diagnosticoprecoce.org/doencasrastreadas.htm).

O teste do pezinho é simples, rápido e salva vidas!

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terça-feira, 13 de maio de 2014

Porque bolçam os bebés?

“O que se passa com o meu bebé que bolça sempre depois de comer?” ”Será que é do meu leite?” “Estará mal disposto?”

Estas são dúvidas muito frequentes uma vez que a maioria dos recém-nascidos, seja em maior ou menor quantidade, bolçam. O bebé bolça, quando a acompanhar o arroto ou não, voltam à boca pequenas quantidades de leite. A maioria dos pais ficam logo muito aflitos porque quaisquer gotinhas de leite junto à boca do bebé fazem parecer que bolçou muito.

Este regresso à boca de parte do leite que foi ingerido deve-se à imaturidade de uma membrana que está na parte final do esófago, que funciona como uma pequena tampa que abre mais do que deve, facilitando a saída do leite. Outra situação frequente acontece com os bebés muito “sôfregos” que “querem mamar este mundo e o outro” mamam tão rápido que engolem mais ar. O ar ocupa espaço no estomago e por isso o leite não cabe todo e por isso sai mais facilmente.

Caso o bebé mantenha o aumento de peso esperado, coma bem e faça bem cocó então não se preocupe. Tenha apenas alguns cuidados adicionais: opte por alimentá-lo em posições mais verticais o que irá facilitar a progressão e digestão do leite; coloque o bebé a arrotar mais frequentemente, obrigando-o a mamar mais calmamente; quando o deitar opte por colocar a cabeceira da cama mais elevada com uma inclinação de 300; e evite alterações de posição bruscas que provocam maior agitação do leite no estomago estimulando a sua saída.

É importante distinguir bolçar de vomitar uma vez o vómito exige esforço por parte do recém-nascido e normalmente é uma saída de leite pela boca em maior quantidade e de forma brusca que pode até ocorrer em jato. Bolçar é uma situação comum e não requer grande preocupação, no entanto o vómito e sobretudo se for frequente pode estar associado a alguma alteração que deve ser comunicada a um profissional de saúde.

Descontraía e não se assuste! Apenas tem de estar preparado para lavar muitas roupinhas e fraldas de pano!

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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Porquê tantos soluços?

“Tem tantos soluços. Coitadinho!” Certamente ainda se lembra de sentir os soluços do seu bebé quando ainda estava na sua barriga, nessa altura estava a treinar os movimentos respiratórios. Mas agora porque será que tem tantos soluços?

Os soluços resultam de uma contração repetida e involuntária de um músculo que todos temos entre os tórax e o abdómen, o diafragma. Esta contração acontece geralmente quando o diafragma é irritado por alguma coisa que faz pressão como é o caso do ar que fica no estômago e que não saiu através do arroto. Os bebés que comem mais rápido e em maior quantidade têm tendência para engolir mais ar e por isso têm mais soluços.

Apesar de ser incomodativo os soluços não trazem qualquer consequência e não há nada eficaz a fazer, a não ser esperar pacientemente.

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