segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Porquê amamentar?

Ao longo das últimas décadas a alimentação do recém-nascido tem sofrido várias alterações. A amamentação sempre foi a escolha n.º1 mesmo que a mãe não produzisse leite suficiente as chamadas amas-de-leite garantiam que o bebé fosse amamentado. “A industrialização, a II Guerra Mundial, a massificação do trabalho feminino, os movimentos feministas, a perda da família alargada, a indiferença ou ignorância dos profissionais de saúde e a publicidade agressiva das indústrias produtoras de substitutos do leite materno”1 tiveram como consequência a diminuição dos bebés amamentados em detrimento dos bebés alimentados com leites artificiais. As consequências foram gravíssimas no que respeita à mortalidade infantil e por esse motivo a partir da década de 70, sobretudo as mulheres mais informadas contrariaram essa tendência e retomaram gradualmente a prática do aleitamento materno.

Nos dias que correm a amamentação está na ordem do dia, é promovida constantemente pois está associada a um sem número de benefícios para a mãe e para o bebé. Sabemos hoje que o leite materno é um “alimento vivo, completo e natural, adequado para quase todos os recém-nascidos, salvo raras excepções”1 .
Vivemos uma época em que valorizamos a saúde, a rapidez de execução, a segurança, o tempo e a rentabilização de recursos. A amamentação é o método mais económico, seguro e prático para alimentar o bebé pois é biológico não necessita de ser manuseado, já está preparado e à temperatura ótima. Para além disso existem um conjunto de vantagens específicas para a mãe e para o bebé, nós enumeramos algumas:
Para o bebé:
- Previne meningites e infeções gastrintestinais, respiratórias e urinárias;
- Tem um efeito protetor sobre as alergias;
- Previne vómitos e diarreia;
- Melhora a adaptação a outros alimentos;
- A longo prazo previne diabetes e linfomas;
- De fácil digestão o que se traduz em menos cólicas;
- Melhora o desenvolvimento mental do bebé;
-O ato de mamar na mama melhora a formação da boca e o alinhamento dos dentes.

Para a mãe:
- Facilita a involução uterina;
- Reduz a probabilidade de cancro da mama.

Para ambos estimula o vínculo mãe-filho, promove o contato pele com pele e olhos nos olhos que como vimos em publicações anteriores transmite segurança, sentimento de pertença contribuindo para um bebé mais calmo e uma mãe mais confiante e menos ansiosa.

Viva o aleitamento materno!
★★ 

 

1 Levy, Leonor; Bértolo, Helena; Manual de Aleitamento Materno, Edição Revita 2008; Comitê Português para a UNICEF/Comissão Nacional

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